sexta-feira, 5 de março de 2010

CONFAP quer penalizar famílias cujos filhos sejam violentos na escola

O tema da indisciplina é um tema que me toca bastante. Dou aulas e convivo com essa realidade no dia-a-dia.
Pior que a indisciplina é a violência. Não sei se direi que os alunos hoje em dia são muito mais indisciplinados que no meu tempo. Mas uma coisa é certa: saem muito mais impunes e têm plena consciência disso.
A esse propósito, saiu hoje um artigo que achei interessante e por isso decidi colocá-lo aqui:


A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) entregou, na quinta-feira, no Ministério da Educação uma proposta para incluir na revisão do estatuto do aluno medidas que penalizem os pais cujos filhos se envolvam em actos de violência nas escolas. Em declarações à TSF, o presidente da CONFAP, Albino Almeida defendeu penas como o fim dos apoios sociais que as famílias possam estar a receber.
«A proposta visa que os pais recebam, através de regulamentos internos, a indicação das escolas de que se não comparecerem e não se responsabilizarem pelos seus filhos, poderão ter consequências no plano dos apoios que recebem, nomeadamente subsídios. Se os pais não tiverem esses subsídios, devem decretar trabalho social na própria escola, por exemplo, até chegar às multas. Tudo depende da situação económica», explicou Albino Almeida. O representante da CONFAP revelou ainda que a associação tem acolhido a preocupação de alguns pais, que transmitem principalmente o medo de que os filhos saiam da escola sozinhos. «É muito grave que um aluno possa sair da escola sem que ninguém controle essa situação. Essa é a primeira preocupação que os pais nos transmitem», salientou. Contactado pela TSF, o Ministério da Educação afirmou que ainda é cedo para dizer o que pensa, uma vez que a posição da CONFAP só foi entregue na quinta-feira. Esta proposta da CONFAP surje na sequência do que aconteceu em Mirandela, onde se suspeita do suicídio de uma criança de 12 anos por não suportar mais as agressões de que era alvo na escola. Para Albino Almeida, esta escola «falhou» no que respeita à segurança das crianças e jovens pois «se o aluno estava na escola, não devia ter podido sair, muito menos numa situação em que está desesperado e precisa do apoio de um adulto».

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